2010/08/21

Uma nova oportunidade para o Programa Novas Oportunidades




Uma carga de trabalhos porque foram abandonados aspectos fundamentais da Metodologia de RVCC baseada no Balanço de Competências
As vertentes formativas do Programa Novas Oportunidades baseadas em cursos de educação-formação, sejam de longa ou de curta duração, pouca relevância têm para o assunto agora na ribalta motivado pela utilização de “trabalhos plagiados” nos processos de certificação escolar que viabilizam equivalências aos níveis conclusivos dos ensinos básico e secundário.
Naquele âmbito o problema pode ser e será certamente  idêntico ao existente nas diversas actividades lectivas, no ensino público ou privado, na formação profissional e até no ensino superior, sabendo-se que a questão dos plágios cresceu com a disponibilização de forma crescente  na Internet de trabalhos científicos, artigos, manuais, publicações e até produções colectivas resultantes de trabalhos de grupo.
A questão é que o tema foi colocado num quadro muito específico, metodológico e técnico, do Programa Novas Oportunidades, que se denomina RVCC ou seja Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências. Neste domínio de actuação, no plano científico, ou seja nas metodologias, técnicas e instrumentos utilizáveis no processo NÃO HÁ LUGAR, NEM SÃO ACEITÁVEIS TRABALHOS, nos termos habituais das metodologias de ensino dominantes. Esta é a questão central. Trata-se de um processo de RECONHECIMENTO E VALIDAÇÃO  de competências desenvolvidas ao longo da vida profissional, social e pessoal. As competências desenvolvidas, capital do sujeito que desenvolve o processo de RVCC, estão consolidadas na sua estruturação essencial. O processo de RVCC consiste em apoiar o adulto na pesquisa, A PARTIR DAS SUAS EXPERIÊNCIAS ANTERIORES, das componentes sistémicas da competência (conhecimento, aptidões e atitudes) nas situações que viveu e apoiá-lo na sua verbalização ou comunicação organizada e sistematizada. Por isso, a existirem peças escritas, nos processos de RVCC, elas remetem sempre para a EXPERIÊNCIA ESPECÍFICA DAQUELE ADULTO que está a desenvolver um processo peculiar e singular.
Em nenhum processo RVCC pode ser admitido quaisquer trabalhos genéricos e a falar-se de uma AUDITORIA  a estes processos, deve ser neste sentido e não numa abordagem mais ou menos policial sobre plágios.
Dar uma nova oportunidade ao Programa Novas Oportunidades significa DEFENDER O SISTEMA RVCC contra as suas adulterações inaceitáveis e repor a sua integridade metodológica e técnica, um verdadeiro contributo de Portugal para a inovação social e para as novas abordagens às questões da qualificações e do desenvolvimento social.

Carlos Ribeiro
facebook.com/charlesmoriz
http://pt.linkedin.com/in/carlosvalentimribeiro
Representante da ANOP na AEEA – Associação Europeia para a Educação de Adultos
Membro do Conselho de Administração da FECBOP – Federação Europeia dos Centros de Balanço de Competências e Orientação Profissional
Correspondente INFONET – Rede Europeia de Informação para a Educação de Adultos
Presidente da ANOP – entidade fundadora do sistema RVCC em Portugal (com outros 5 centros) tendo certificado o primeiro adulto português no nível básica e o primeiro adulto com o nível secundário.
Subscritor da Carta Aberta em Defesa do RVCC em 2006