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by Carlos Ribeiro, Artigo publicado no Jornal Valor Local
Desde logo importa
aferir, nos pilares que estruturam de uma forma global os processos
sustentáveis, se estamos perante uma real evolução ou se podemos apenas
sinalizar um « aumento da actividade ».
Numa interpelação
relativamente simplista poderíamos colocar a questão nos seguintes termos :
a) na variável
económica : a intensificação da actividade foi acompanhada por medidas de
integração com a economia local ? houve a precupação em incorporar
produtos locais na oferta aos turistas ? foram articuladas soluções dos
operadores do sector com elementos culturais e identitários dos
territórios ? foram desenvolvidas estratégias de fidelização baseadas nos
factores únicos e peculiares das relações humanas e personalizadas nos
ambientes experienciados ?
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c) na vertente
ambiental : o aumento da actividade terá sido acompanhado por medidas de
protecção ambiental e de valorização das condições naturais locais colocando no
centro da imagem projectada aos turistas uma radical opção de defesa da
natureza e de valorização do património natural do território ? Os
materiais utilizados nos equipamentos turísticos e a oferta alimentar revelaram uma preocupação central pelas questões ambentais ?
perante o aumento do número de clientes resistiu-se à proliferação dos
plásticos e dos materias não – recicláveis ? dificilmente poderia ser
admitido que um aumento do número
de turistas se traduzisse num descontrolo proporcional da pegada ecológica.
Se quiséssemos complicar ainda mais esta abordagem colocaríamos de forma adicional questões várias sobre a existência ou não de processos de integração das três vertentes mencionadas nas estratégias de desenvolvimento turístico levadas a efeito. Mas isso seria ser demasiado exigente. Há quem se satifaça com os resultados, de sucesso aparente. Eu prefiro esperar pela medição dos impactos que nos revelam uma verdade nua e crua sobre o rumo seguido em matéria de desenvolvimento sustentável.
Se quiséssemos complicar ainda mais esta abordagem colocaríamos de forma adicional questões várias sobre a existência ou não de processos de integração das três vertentes mencionadas nas estratégias de desenvolvimento turístico levadas a efeito. Mas isso seria ser demasiado exigente. Há quem se satifaça com os resultados, de sucesso aparente. Eu prefiro esperar pela medição dos impactos que nos revelam uma verdade nua e crua sobre o rumo seguido em matéria de desenvolvimento sustentável.
Carlos Ribeiro
Jornalista e
consultor para o desenvolvimento e a inovação